domingo, 5 de junho de 2016

13 Músicas para a Estrada - #1

Poucas coisas se combinam tão bem quanto música, estrada e motocicletas. Pensando nisso, resolvemos compartilhar com vocês algumas das músicas que nos inspiram a pegar a estrada ou que servem muito bem de trilha sonora para um belo de um rolê na BR. 

Sem preconceitos, sem ficarmos presos a um estilo só, o lance é a música te fazer desejar o vento na cara, segue a playlist (não é um ranking, valeu?):

#1 - Turn the Page - Metallica (Cover)https://www.youtube.com/watch?v=Rz-ZdCEHbao



#2 - Jesus Numa Moto - Sá, Rodrix & Guarabira - https://www.youtube.com/watch?v=GSg_EBIhIKk




#3 - Wherever I May Roam - Metallicahttps://www.youtube.com/watch?v=S5TnPjOd_To


#4 - Riders on the Storm - The Doors - https://www.youtube.com/watch?v=k9o78-f2mIM&app=desktop

#5 - Go With the Flow - Queens of The Stone Agehttps://www.youtube.com/watch?v=DcHKOC64KnE&app=desktop


#6 - Primeira Canção da Estrada/ O pó da Estrada - Sá, Rodrix & Guarabira - https://www.youtube.com/watch?v=eKKnGjLshKM


#7 - Motorbreath - Metallica https://www.youtube.com/watch?v=G8AyZ0Bs35E


#8 - Lonely Boy - The Black Keys - https://www.youtube.com/watch?v=a_426RiwST8&app=desktop


#9 - Bullet - Frans Ferdinandhttps://www.youtube.com/watch?v=iMfjROpKCnw&app=desktop


#10 - Minha Moto - Snaz https://www.youtube.com/watch?v=gU4rcxXPVqw


#11 - Howlin' for You - The Black Keyshttps://www.youtube.com/watch?v=Vrmy_Yjc4Ik


#12 - Sex on Fire - Kings of Leonhttps://www.youtube.com/watch?v=RF0HhrwIwp0&app=desktop


#13 - Você sabia que eu era Rock´n Roll - O Bando do Velho Rock - https://www.youtube.com/watch?v=0lkbHCuQDNw

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#Menção Honrosa - Fuel - Metallica - https://www.youtube.com/watch?v=PvF9PAxe5Ng

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É isso, com uma playlist dessas acho que dá pra encarar a semana.

André (ABS), Júlio Jones.


domingo, 29 de maio de 2016

Onomatopéia de Engrenagens Metálicas Girando Fora de Sincronismo

1 pra baixo, 5 pra cima. Motociclismo marca a pele.

Acredito que todo mundo aqui já deve ter deixado a moto apagar ao sair do sinal (ou outra situação parecida) em primeira marcha, o que é  “ok”, normal.  Então, sabe aquela sensação de frustração que bate em você ao ver que estava tudo pronto, confirmado, impossível de dar errado e PLEI, morreu?

Nós aqui no Motofalantes superamos isso e não, não tem nada a ver com aprender a controlar direito a embreagem. Por muito tempo deixamos esse blog engavetado (parado no semáforo, se preferir), o que superamos este ano, não sem alguns engasgos ou quase apagar de novo, mas superamos.

Porém, acontece que não é só de primeira marcha que se anda (ainda bem) e, como passar marchas é um processo que merece esmero até atingir o nível de  perfeição desejado, logo depois de sairmos do semáforo, enrolamos o cabo com a primeira marcha e então  (onomatopeia de engrenagens desencontradas) erramos a marcha! Tentando engatar a 2ª marcha, encontramos o Neutro, e o blog parou. Calma, acontece, já vi até piloto fazendo isso em competição.

Esta postagem é justamente pra deixar claro que, embora as engrenagens da roda viva tenham girado fora de sintonia com nosso blog, estamos aqui alinhando o movimento de mão e pedal, colocando novamente nossa transmissão para girar e passar para vocês uma das coisas que mais gostamos de de fazer, que é escrever, ler, ouvir e falar sobre motos.

Motofalantes engata a segunda marcha, contra-esterço e inclinação de volta ao trajeto.

André (ABS) Azevedo

sexta-feira, 8 de abril de 2016

MANDA NUDES!

Ah as Nakeds, sonhos de consumo derivados diretamente das esportivas, porém plenamente possíveis de se realizar e um tanto mais acessíveis.


São marcadas pela simplicidade de seus traços e concepções mais “depenadas”. A primeira coisa que se nota ao compara-las com as esportivas é a ausência de carenagens, que levaram a denominação delas como literalmente peladas, ou formalmente “Nakeds”.
No entanto, essa característica não deixa as peladinhas menos interessantes ou em desvantagem em relação as suas primas mais “vestidas”, em regra, oferecem motores igualmente sofisticados e potentes, levando vantagem ainda em relação a versatilidade, capacidade de manobras, conforto/posição de pilotagem, manutenção e preço. Daí a relação custo benefício, porquanto as Nakeds são mais práticas no uso diário e em ambientes urbanos.


Ducati Monster 900 - 1993

Esse é justamente o ideal original dessas motos, inspiradas em movimentos urbanos iniciados na Europa, em que eram removidas as caras carenagens de motos esportivas de modo a adapta-las para o uso competições urbanas, streetfights, aumentando suas capacidades de manobras, além de diminuir o custo de manutenção, de eventuais quedas. As pioneiras em oferecer motos de fábrica no estilo foram a Ducati com a Monster 900 lançada em 1993 e a Triumph com a sua SpeedTriple 900 de 1994.

Triumph Speed Triple - 1994


Já no Brasil, uma boa referência na categoria é a Hornet 600. Foi a queridinha Nacional por um bom tempo e, apesar de não ter sido a primeira naked no País, foi a responsável por desencadear a paixão e a popularidade do gênero por aqui, desde a sua estreia em 2004. Ainda é a minha preferida, em sua segunda versão comercializada no Brasil, entre 2008 e 2011.

Honda  CB 600F Hornet  - 2008

Nesse Modelo foi precursora em visual por aqui, responsável pela alteração e atualização nos designs da categoria desde o seu lançamento. Além do inédito painel misto(analógico e digital) e suspensão dianteira invertida, tinha linhas ousadas e agressivas nunca antes vistas em nakeds no país, até então clássicas. Toda a tecnologia emprega somada ao design inovador e mais dinâmico, possibilitou a quebra da barreira dos 100cv para as 600 cilindradas da época, que a partir de então passaram a ser cada vez mais apimentadas.

A Hornet modelo 2008 vinha equipada com uma versão adaptada da motorização da sua prima esportiva, a CBR600RR, com a injeção eletrônica, que possibilitava a produção de 102cv e 6,53 Kgf.m de torque a 10.500 rpm, que ela atingia fácil. O design, sem comentários, pra mim era perfeita, muito mais bonita que a última versão comercializada, tanto na dianteira, quanto na questionável rabeta, que eu adorava. A moto era incomparável, mesmo em relação a sua última versão.

Apesar da aposentadoria da Hornet em sua versão 2012, o seu legado ainda permanece vivo com a sua irmã mais velha, mais potente e de visual igualmente agressivo, a CB 1000R gera incríveis 125,1cv e um torque de 10,1 Kgf.m, além de conservar os traços característicos da família. É uma herdeira mais que digna.

Honda CB1000R -  Modelo comercializado atualmente. Versão barraqueira, hahaha, Barracuda!



Outra moto que merece destaque na categoria é a kawabanga Z750, digo a Kawasaki. A “Z” desembarcou oficialmente no País em meados de 2009, com o retorno da Marca ao Brasil. Na época, foi introduzida com intuito de papar uma parcela do mercado, até então dominado pela Hornet e suas outras concorrentes, a FZ6 e a Bandit 650.  A moto não devia nada as rivais, era a própria “Ninja” das peladas, o visual e o design são atuais ainda hoje, pouco modificados na versão Z800 que a sucedeu. Seu propulsor oferecia 106cv de potência, além de um vigoroso torque de 8,0 kgf.m, que a projetava de 0 a 100 em 4,3 segundos, justificando as suas 150cc extras. Apesar de menor, o seu desempenho era digno das Mils.


Kawasaki Z750
A estratégia da Kawa funcionou, e ademais do preço mais salgado, a Z750 conseguiu se firmar entre as Nakeds mais vendidas, justificando a vinda da sua irmã mais venenosa ao nosso mercado, a Z1000.

Kawasaki Z1000 - Modelo 2010

A moto entrou no mercado em 2010, também como parte do processo de reintrodução da Marca. Na versão, oferecia 138cv e um torque de 11,2 Kgf.m, o visual era característico da família Z, marcado pela robusta e destacada dianteira da moto que dava impressão de que fora toda construía sob apenas uma roda, sendo o restante da moto apêndices de seu volumoso corpo. A curta rabeta e assento pareciam estar lá apenas como um favor aos condutores, para que tivessem como se agarrar aquele motor.

A Z1000 é comercializada atualmente em sua versão “Mascarada”. Aprimorada, passou a produzir 142cv e 11,3 kgf.m de força. 

Kawasaki Z1000 - Modelo Atual "Mascarada"
O mercado visado pela Kawasaki, quando trouxe a Z1000, era um pouco mais ambicioso, porém menos concorrido que o das nakeds médias, intencionavam tomar a coroa de outra Naked que, até então, reinava praticamente sozinha no seguimento, “Say hello to my little friend”, a Suzuki Boost King, ou para os íntimos apenas B-King.


Apertem os cintos, ou melhor, coloquem o capacete, segure-se quem puder e preparem-se para decolar! Não há como esperar menos da naked derivada da Hayabusa(da), e essa tamanha moto, de tamanho legado, tamanho motor e tamanhos ESCAPES, corresponde a cada expectativa. Não é outra a palavra que define a B-king se não a grandeza, exagerada em todos os aspectos, com um de comprimento de 222cm e pesando todos os seus 225 kg, gera nada menos do que 184cv e uma monstruoso torque de 14,89 Kgf.m, em sua versão atual, possibilitando que ela atinja a velocidade final de 270 km/h. Há quem diga que supera essa velocidade, ademais de toda a falta de proteção aerodinâmica.

Suzuki GSX 1300 B-King    
Apesar de tudo isso, a condução da grandona não é prejudicada, possui dois modos de pilotagem (S-DMS – Suzuki Drive Mode Selector ou Seletor de Modo de Condução da Suzuki), uma agressivo e outro amansado, a escolha e necessidades do condutor, além de quadro desenvolvido exclusivamente para ela, que lhe garante as vantagens de pilotagem características das nakeds. Do design, não há o que se falar, único e de bastante personalidade, que lhe permite uma longevidade comercial de aproximadamente 8 anos no mundo. Destaque para as suas mega ponteiras de escapamento, característica mais marcante e extravagante de seu visual, a própria assinatura do modelo.

Para encerrar os trabalhos e não menos importante, vamos finalmente falar das nervosas produzidas pela Yamaha. Ademais da XJ6 ser a representante oficial da marca no seguimento, assim como preferi deixar de falar da Suzuki GSR750 para falar de outro modelo da marca com que guardo mais afeição, também prefiro falar de outras motos da Yama que tem causado um alvoroço bem maior nos últimos tempos, a família Master of Torque, atualmente representadas no País pelas MT-07 e MT-09.

Yamaha MT-07 (esquerda) e Yamaha MT-09 (direita)
Pra mim, essas motos merecem cada parcela dos holofotes que caíram sobre eles, inclusive a conquista do topo da cadeia alimentar das nakeds em poucos meses de vendas desde suas estreias. Seus visuais refletem a essência do conceito naked, não importa para qual modelo eu olhe, cada uma delas me parece uma esportiva desmontada, para atender a quaisquer necessidades que lhes sejam exigidas, seja subir meio fios, escalar escadas, resistir a impactos, parecem até suportar saltos improváveis. Não quero dizer que efetivamente aguentem toda essa porrada, mas parecem ser capazes de fazer qualquer coisa, só pelo seus visuais, transmitem confiança. Se esse fosse um critério válido, seriam sem duvida parceiras ideais para se ter em um fantasioso futuro apocalíptico.

Um destaque engraçado desses modelos, e que criaram praticamente uma representante para cada tipo de motor, a primeira notável MT-03 já detinha as características visuais da família, era motorizada pelo mesmo propulsor monocilíndrico de 660cc que ainda equipa a XT, com 48 cv e 5,95 kgm.f de torque. Cabe observar que há um novo modelo da Marca com a mesma denominação pendente de lançamento, derivado da R3, mas deixemos para discutir as menores cilindradas em outra oportunidade. A MT-07 externa linhas mistas de esportiva com custom, que lembram a distante parente V-Max, mas sem perder a característica urbana utilitária. É motorizada com um propulsor bicilíndrico de quase 700cc que lhe proporciona 74,8cv e 6,9 kgf.m de torque.  Já a MT-09, apesar de também conservar as linhas esportivas, suas características visuais se misturam mais ao estilo motard, sua propulsão se dá por um motor tricilíndrico de aproximadamente 900cc, que lhe rende “favoráveis” 115cv e um “tranquilo” torque de 8,92 kgf.m.

Mas a moto que me motivou a guardar o melhor para final foi a mais nova integrante da família, a MT-10, que ainda tem futuro incerto no País.

Yamaha MT-10 - Ainda sem previsão de para o Brasil
O modelo não perde em questão de agressividade em relação as suas irmãs, acho até que as supera, seus traços são inquestionavelmente e exclusivamente esportivos, não podendo deixar de se notar o espírito da R1 neles, a moto de que deriva, sendo não outra se não a perceptível versão naked dela. É equipada com o motor tetra cilíndrico de 1000cc derivado da esportiva, produzindo 160,4cv de potência e um torque de 11,3 kgf.m. Se já estava difícil não sucumbir ao “lado negro”, com a MT-10 fica impossível resistir à tentação. Prevejo problemas à concorrência.

Bom, o papo tá longo, e por mais que o assunto seja inesgotável e nunca fique chato falar de motos, em verdade, “Precisamos Falar Sobre Motos”, vou encerrar por aqui. Como me dediquei quase que exclusivamente a Japas nesse post, fico devendo uma “Euro Trip” pra tratar das muitas nakeds icônicas do Velho Continente que deixei de abordar, mas por enquanto, põe na conta ae...

Julio “Jones” Dias